Programa do Curso

O curso é dividido em quatro módulos. Cada módulo possui uma série de vídeos que explora os temas descritos abaixo.

Todo o conteúdo do curso resulta em mais de 7 horas de material.

Após a compra, você ganha acesso imediato e vitalício aos vídeos.  Você pode assistir e rever o curso quantas vezes quiser.

A COSMOLOGIA DE UM FILME | 26 min
Todo filme é um universo. Uma obra particular que possui regras próprias. A cosmologia de um filme é a sua lógica interna. Antes de analisar os elementos isolados de um filme como fotografia, montagem e atuação, precisamos descobrir que cosmologia é essa.

A EVOLUÇÃO DA LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA | 35 min
A partir de textos de críticos e teóricos como André Bazin e Alexandre Astruc, iremos entender como a linguagem cinematográfica evoluiu de um cinema primitivo de características ilustrativas para um cinema moderno de elementos mais complexos e ambíguos.

O QUE É MISE-EN-SCÈNE? | 34 min
O que significa, exatamente, mise-en-scène? De que maneira o crítico pode reconhecer a mise-en-scène de um cineasta? 
A mise-en-scène é a principal ferramenta do diretor. É a partir de escolhas da linguagem que um autor concretiza a sua visão, que um filme materializa a sua cosmologia. 

MISE-EN-SCÈNE: DEFINIÇÕES HISTÓRICAS | 33 min
Após a definição do termo mise-en-scène, iremos refletir sobre duas tendências da crítica francesa que foram definitivas nesse pensamento: a Hitchcock-hawksiana e a Macmahonista. Críticos como Jacques Rivette, Éric Rohmer e Michel Mourlet defenderam ideias essenciais sobre cineastas como Alfred Hitchcock, Howard Hawks e Fritz Lang.

MISE-EN-SCÈNE: DO MODERNO AO CONTEMPORÂNEO | 41 min
O cinema contemporâneo desafia cada vez mais uma definição clássica de mise-en-scène. De que maneira a crítica lida com isso? Autores como Jean-Marc Lalanne, Olivier Joyard e Thierry Jousse  mostram como é possível construir novas ideias em relação a tendências cinematográficas.

A CONDIÇÃO CRÍTICA | 18 min
A crítica de cinema é subjetiva?  Em “A Arte de Amar”, Jean Douchet descreve a crítica como um misto de paixão e lucidez. Como podemos mediar a nossa experiência pessoal com o filme de maneira objetiva? Nesse módulo iremos entender não apenas a função da crítica, mas a sua natureza e a sua condição de confronto. 

A DIFERENÇA ENTRE ANALISAR E CRITICAR UM FILME | 23 min
O que diferencia um crítico de um simples analista de filmes? Maurice Blanchot, em seu texto “A Condição Crítica”, diz que um crítico precisa confrontar a obra. Como podemos manter uma relação ativa e não passiva em relação ao cinema?

A MORAL DO CRÍTICO | 19 min
O crítico deve responder a uma moral? Existem alguns elementos e atitudes que podem tornar uma crítica irresponsável. O crítico precisa, antes de tudo, manter um olhar amplo e livre de preconceitos em relação aos gêneros e as possibilidades do cinema.

CRITICAR UM FILME É DEFENDER UMA IDEIA | 25 min
Toda boa crítica defende uma ideia. Uma ideia que ao mesmo tempo em que desvenda o universo do filme, propõe um novo olhar, articula uma nova perspectiva. A ideia que um crítico defende sobre uma obra é a sua marca. Antes de desenvolver a crítica propriamente, é necessário ter essa ideia em mente.

UM FILME DEVE SER INTERPRETADO? | 25 min
Qual a diferença entre defender uma ideia e interpretar um filme?  Vários filmes da história do cinema sugerem símbolos e metáforas. De que maneira o crítico pode explorar essas obras sem limitá-las a uma única verdade? Um filme não deve ser explicado de forma ilustrativa, mas confrontado em todas as suas possibilidades.

INTRODUÇÃO AO MÓDULO | 06 min
Alguns crítico possuem um processo específico na hora de escrever um texto. Quais as vantagens disso? Durante esse módulo, irei descrever o método que melhor funciona para mim.

O MEU MÉTODO: A PRIMEIRA LEITURA DE UM FILME | 17 min
A primeira fase da crítica é um momento intuitivo. Uma etapa para se reconectar com a experiência do filme e jogar livremente com as ideias que ele manifesta.

O MEU MÉTODO: O CONFRONTO COM O FILME | 29 min
Após definir núcleos de ideias sobre o filme, devemos confrontar a obra com essas ideias. Como destrinchar um filme a fim de se estabelecer um olhar? E, com isso, determinar a ideia que iremos defender em nossa crítica?

PROPOSTA DE EXERCÍCIO | 06 min
A partir de todas as reflexões propostas durante as aulas, os participantes da oficina são incentivados a encaminhar um exercício prático por e-mail. Irei responder cada um dos e-mails com um comentário sobre a crítica enviada.

OS DESAFIOS DA CRÍTICA | 22 min
Quais os maiores desafios da crítica contemporânea? Como não ser um crítico acomodado e estar constantemente se desafiando? Em uma reflexão final, irei comentar sobre algumas questões que me parecem pertinentes para quem é ou deseja ser um crítico de cinema.

“A MARCA DA MALDADE” (1958) –  A mise-en-scène de Orson Welles | 30 min
Muito mais do que um clássico do cinema noir, o filme de Orson Welles concilia vários elementos peculiares de sua  mise-en-scène. Do uso de planos sequências em profundidade de campo a uma fragmentação estilizada da cena. Em “A Marcada da Maldade”, podemos observar esse riqueza de métodos do diretor norte-americano.

“DESEJO E OBSESSÃO” (2001) – Entre o íntimo e o brutal | 28 min
O filme de Claire Denis lida com uma temática brutal através de uma abordagem íntima. Sua câmera, longe de uma abordagem formalista, se molda aos humores e tensões dos corpos que filma. A diretora francesa não está interessada em simplesmente contar uma história, mas propor uma experiência audiovisual livre e estimulante.

“A VILA” (2004) – Drama e alienação | 19 min
Ao rejeitar o suspense como um mero artifício, o filme de M. Night Shyamalan alia uma poderosa construção dramática com um jogo de alienação que envolve o seu espectador. O cineasta concretiza esse universo a partir de uma  mise-en-scène minimalista, rigorosa e de pequenas sutilezas essenciais.

“GAROTA EXEMPLAR” (2014) – O cinema de aparências de David Fincher | 38 min
“Garota Exemplar” é um filme que evidencia como uma narrativa pode ser construída a partir de falsas aparências. David Fincher manipula muito bem o espectador ao desconstruir as premissas da sua história e propor uma obra que busca atualizar algumas tradições do suspense e do thriller.